O aumento do orçamento militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) reflete o reconhecimento, por parte dos países europeus, de que suas forças armadas não conseguem enfrentar sozinhas ameaças externas, afirmou à Sputnik Tatiana Parkhalina, presidente da Associação Russa de Cooperação Euro-Atlântica. Segundo ela, o conflito na Ucrânia expôs a fragilidade da indústria militar europeia, que não está preparada para uma produção significativa de armamentos. Por isso, foi lançado o programa de rearmamento Rearm Europe.

“Os Estados Unidos abriram um dia um guarda-chuva de segurança sobre a Europa, e agora o fecharam. E os europeus só agora perceberam que eles mesmos devem garantir sua segurança e defesa”, concluiu a especialista.

Com a crise nas relações transatlânticas, afirmou Parkhalina, a OTAN deixou de funcionar como antes e hoje atua como um centro de compras de armas norte-americanas para a Ucrânia.